quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Fiat revisa para baixo sus estimativas para 2009

MILÃO, ItÁlia, 22 Jan 2009 (AFP) - Fiat revisou para baixo suas previsões para 2009 e apresentou em 2008 uma queda de 16,2% em seus lucros líquidos, anunciou nesta sexta-feira o grupo automobilístico italiano em um comunicado.


O anúncio provocou uma queda das ações da Fiat na bolsa de valores de Milão, que fechou com uma perda de 14,55%, a 3,80 euros.


A queda dos lucros líquidos de 2008 foi de 16,2%, totalizando 1,721 bilhão de euros, enquanto seu faturamento aumentou 1,5%, alcançando os 59,38 bilhões de euros, segundo a nota do grupo italiano.


O resultado corrente, chave da gestão industrial, subiu para 3,362 bilhões de euros, um aumento de 4%, levemente inferior às previsões iniciais, que oscilavam entre 3,4 e 3,6 bilhões.


O grupo admitiu em fins de 2008 um forte desgaste.


"Como previsto, durante os últimos três meses de 2008 ocorreu uma deterioração significativa na maioria de nossas atividades e regiões nas quais operamos", acrescenta o comunicado.


A Fiat não quis fazer previsões para este ano, limitando-se a dizer que "2009 será um ano difícil", ao estimar uma queda de 20% na demanda global de seus produtos. "O lucro corrente será superior a um bilhão de euros, consideravelmente inferior aos 4,3 ou 4,5 bilhões previstos no plano industrial".


O grupo Fiat calcula um lucro líquido de 300 milhões de euros, muito inferior ao de 2008 e ao previsto há três meses.


O chefe do Governo italiano Silvio Berlusconi convocou para terça-feira da próxima semana uma mesa redonda para debater a grave situação do setor automobilístico, depois da queda das vendas.


Por hora não se sabe se o governo pensa em destinar recursos ao setor. Berlusconi admitiu que está em contato com outros países europeus para tomar decisões que não levem a uma competição entres os países.


"Estamos preocupados pelas intervenções da França, Alemanha e de Barack Obama nos Estados Unidos, porque podem criar distorções no mercado", admitiu Emma Marcegaglia, presidente dos industriais italianos em uma entrevista ao diário econômico Il sole 24 Ore.

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